sábado, 14 de agosto de 2010

REDAÇÃO (UNIFESP-2007) Leia os textos a seguir, auxiliares ao desenvolvimento de sua redação.

REDAÇÃO

(UNIFESP-2007) Leia os textos a seguir, auxiliares ao desenvolvimento de sua redação.

TEXTO 1

Não consegui colocar a charge.

(www2.uol.com.br/angeli)

TEXTO 2

O jovem e a sexualidade

Flavio Gikovate

Sabemos que ainda é grande o número de moças que engravidam contra sua vontade apenas porque pensam que “com elas nada de mau irá acontecer”. Sabemos também que o nível de informação acerca das práticas sexuais poderia ser mais completo nas classes sociais mais baixas. De todo o modo, os moços estão muito mais bem informados do que quando eu comecei a trabalhar o tema da sexualidade, isso ainda no fim dos anos 1960. Por outro lado, se pensarmos na questão sexual, nas importantes diferenças que existem entre os sexos, na homossexualidade, nas relações entre sexo e amor e principalmente nas questões relativas ao amor, penso que o nível de ignorância é enorme. O mais grave é que a grande maioria dos adultos não dispõe de informação mínima a respeito, de modo que

não podem sequer tentar orientar os moços sobre os quais teriam alguma influência. Assim, no que diz respeito às trocas de carícias, à liberdade com que elas são exercidas e como agir com o intuito de agradar e satisfazer o parceiro, temos caminhado bastante. Agora, sobre as relações entre sexo e agressividade, sobre o jogo de poder que se estabelece entre os sexos, sobre as questões amorosas e sobre a importância da amizade entre homens e mulheres, ainda estamos engatinhando. O maior problema dos adolescentes, que hoje se iniciam sexualmente antes mesmo dos 16 anos de idade, é que essa fase da vida se caracteriza por uma onipotência difícil de ser quebrada, mas sobre a qual deveríamos agir o mais cedo possível. Nossos jovens devem ser esclarecidos desde cedo de que eles não são criaturas privilegiadas e que carregam uma estrela na testa que lhes protegeria contra as catástrofes ou todas as dores a que todos estamos sujeitos. Isso depende de uma educação responsável desde os primeiros anos da infância, educação realista, pois as ilusões e as falsas idéias devem ser combatidas desde o início. (...)

Um importante ingrediente da nossa sexualidade sempre se deu de forma virtual. Não dispúnhamos dos equipamentos que hoje estão ao nosso alcance: sexo por telefone, sexo e internet, fartura de material erótico e pornográfico para estimular a fantasia de jovens e adultos, etc. Não vejo como possamos ver qualquer malefício associado ao sexo virtual, uma vez que o sexo sempre foi fundado antes de tudo em fantasias. Não prejudica e nem impede o estabelecimento de elos amorosos de boa qualidade, condição em que as trocas eróticas ganham um real significado interpessoal não por causa do sexo e sim por força do amor que une aquele par.

(www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista. Adaptado.)

TEXTO 3

Deixa ele dormir em casa?

Dormir com o namorado no mesmo quarto pode parecer privilégio de pessoas mais velhas, independentes, que moram sozinhas. Mas não é. Muitos adolescentes já conquistaram esse direito

e levam seus namorados e namoradas para dormir na casa dos pais.

No começo, quartos separados. Depois de algum tempo, quando os pais se acostumam com o novo “membro” da família, liberam o casal para dormir no mesmo quarto.

A primeira vez pode ser por acaso. André (nome fictício), 18, por exemplo, pediu para sua mãe deixar sua namorada dormir em casa numa noite em que o casal estava voltando tarde de uma

festa. A garota percebeu que tinha esquecido a chave de casa. “Perguntei para minha mãe se ela poderia ficar em casa e ela topou.” Naquela noite, eles dormiram em quartos separados. Hoje,

no entanto, dormem juntos. “Quando minha mãe pegou confiança e viu que o namoro era para valer, ela liberou”, diz André, que namora há um ano e nove meses.

(...)

Já Ana Paula, 45, mãe de Ana Carolina, 16, não encarou tão numa boa quando a filha resolveu dormir com o namorado, Gabriel, em casa. “Fui vencida pelo cansaço. No começo, pedia para eles dormirem em quartos separados, mas, quando acordava, via os dois saindo juntos do mesmo quarto. Tentei resistir, mas chegou uma hora em que não tinha mais o que fazer e eu tive que liberar. Se ela já tem vida sexual ativa, melhor que seja em casa,

com segurança, sem correr riscos”, diz a mãe.

(Folhateen, Folha de S.Paulo, 04.09.06. Adaptado.)

TEXTO 4

A sexualidade do adolescente

Na ética adolescente, ficar significa não ficar, não ter compromisso com amanhã, não criar vínculos definitivos. É, pois, não ficando quando ficam, que eles ensaiam, descobrem, experimentam, conhecem sensações, sem os ‘pudores’ de outras gerações. Em pesquisa com estudantes dos diversos cursos, identificamos vários sentidos para o ficar: ora ele representa uma marca do tempo, como a superficialização típica da pós modernidade, ora pode significar um caminho de conhecimento para se chegar ao namoro, ora pode representar um exercício de liberdade, ou ainda é algo visto como muito relativo por deixar quase sempre uma experiência de vazio depois da ficada. O que se observou é que o ficar expressa uma nova forma de relação, uma ética para os relacionamentos provisórios, típicos dos tempos de rapidez. Faz parte da regra, que nada fique depois do ficar.

(Cadernos, juventude saúde e desenvolvimento, v.1. Ministério da Saúde. Adaptado.)

TEXTO 5

Amor e Sexo

Amor é um livro – Sexo é esporte

Sexo é escolha – Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema

Amor é novela – Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia

Amor é prosa – Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos

Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão – Sexo é pagão

Amor é latifúndio – Sexo é invasão

Amor é divino – Sexo é animal

Amor é bossa nova – Sexo é carnaval

Amor é para sempre – Sexo também

Sexo é do bom – Amor é do bem

Amor sem sexo é amizade

Sexo sem amor é vontade

Amor é um – Sexo é dois

Sexo antes – Amor depois

Sexo vem dos outros e vai embora

Amor vem de nós e demora

Amor é isso – Sexo é aquilo

E coisa e tal – E tal e coisa...

(Rita Lee, Roberto de Carvalho, Arnaldo Jabor.

In www.ritalee.com.br. Adaptado.)

A partir das informações apresentadas, de outras de seu conhecimento e das múltiplas implicações da sexualidade na vida dos jovens, elabore um texto dissertativo, em prosa, analisando e discutindo criticamente:

A QUESTÃO DA SEXUALIDADE PARA O JOVEM MODERNO